sexta-feira, 30 de julho de 2010

Deu uma recaída e voltei com o mineirinho.

O mineirim Zé caipira entrou no consultório e meio sem jeito foi falando:

- Dotô, o trem não sobe mais. Já tomei de tudo quanto há de pranta, mas não sobe mais mêsm.

- Ah não, meu amigo Zé. Vou te passar um medicamento que vai deixar você novo em folha. São cinquenta comprimidos, um por dia.

- Mas dotô, eu sou um homi simples da roça. Só sei contar té dez nos dedo e mais nada uai... -

Então você vai numa papelaria, compra um caderno de cinquenta folhas. Cada folha que você arrancar por dia tome um comprimido. Quando o caderno acabar você já vai estar curado. A receita está aqui.

- Brigado dotô. Vou agora mesmo comprar essi tar di caderno. E logo que saiu do prédio o Zé Caipira avistou de fato uma papelaria ali perto. Entrou, a moça veio atender.

- Moça, eu precisava de um caderno de cinquenta fôia.

- Brochura?..... perguntou a moça.

- Médiquim fí da puta....... Já telefonô pra espaiá meu pobrema.

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Do que é feito o efeito das minhas palavras.

Quem me conhece sabe que acompanho as postagens de poucos blogs. Também tenho poucos seguidores, e o fato se dá pelo seguinte motivo: Em momento algum visei quantidade de visitantes ou seguidores, e sim qualidade. Tanto que, primeiro sempre acesso sem acompanhamento determinados blogs, para depois incluir-me ou não na lista de acompanhamento. Quero dizer com isso que acompanho blogs selecionados.

Selecionados até para lerem as minhas palavras, pois escrevo muito mais nos comentários do que nas postagens. E digo que -as vezes- são comentários dignos de grandes postagens, e que ficam apenas nos blogs daqueles que admiro, e sinto serem dignos das minhas palavras. Não que eu seja melhor do que você, mas há em mim sentimento, e se eu não sentir do outro lado ressonância de sentimento, lamento dizer-lhe, que você jamais leu de fato as minhas palavras.

terça-feira, 27 de julho de 2010

Onde Anda Você...

Bom, vamos deixar um pouquinho de lado os dons dos mineirinhos, e falar um tantinho de saudade? Afinal outro dia vi a postagem da She filosofando sobre a Bossa Nova, e deu-me vontade de postar uma canção muito linda, (ao meu ver), sobre a saudade, que dá quando estamos vivendo desconsolados pela noite afora, procurando aquela pessoa especial, que tem o poder de nos completar, e quando se vai, deixa-nos sempre em total solidão... E por falar em saudade, em razão de viver, eu simplesmente lhe pergunto: Por onde anda você?

Onde Anda Você...

E por falar em saudade, onde anda você

Onde andam seus olhos que a gente não vê
Onde anda esse corpo
Que me deixou louco de tanto prazer
E por falar em beleza onde anda a canção
Que se ouvia na noite dos bares de então
Onde a gente ficava, onde a gente se amava
Em total solidão
Hoje eu saio na noite vazia
Numa boemia sem razão de ser
Na rotina dos bares,
que apesar dos pesares,
Me trazem você
E por falar em paixão, em razão de viver,
Você bem que podia me aparecer
Nesses mesmos lugares,
na noite, nos bares
A onde anda você?

Vinicius de Morais.
Composição: Toquinho, Vinicius de Morais, Hermano Silva.

sexta-feira, 23 de julho de 2010

A Onda do Mineiro...

Essa plaquetinha ao lado está pendurada na parede da minha cozinha, e foi um presente do meu vizinho Nelson.
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Mas, a postagem de hoje, ainda na onda do mineiro, é um novo dicionário que encontrei solto pela internet chamado de:
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Dicionário Mineireles.
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- lidileite (litro de leite)
- mastumate (massa de tomate)
- dendapia (dentro da pia)
- kidicarne (kilo de carne)
- tradaporta (atras da porta)
- badacama (debaixo da cama)
- pincumel (pinga com mel)
- iscodidente (escova de dente)
- nossinhora (nossa senhora)
- pondions (ponto de onibus)
- denduforno (dentro do forno)
- doidimais (doido demais)
- tidiguerra (tiro de guerra)
- dentifrisso (dentifricio)
- ansdionti (antes de ontem)
- séssetembro (sete de setembro)
- sápassado (sabado passado)
- oiuchero (olha o cheiro!)
- pradaliberdade (praca da liberdade)
- vidiperfumi (vidro de perfume)
- oiproceve (olha pra voce ver!)
- tissodai (tira isso dai)
- rugoiais (rua Goias)
- onquie (onde que e?)
- casopo (caixa de isopor)
- quainahora (quase na hora)
- ostrudia (outro dia)
- onquoto (onde que estou)
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E o melhor de todos:
- pronostamuinu (para onde nos estamos indo?)

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Essa é mais uma de mineiro...

Degustação de Vinho em Minas Gerais.

- Hummm...

- Hummm...

- Eca!!!

- Eca?!
Quem falou Eca?

- Fui eu, sô! O senhor num acha que esse vinho tá com um gostim estranho?

- Que é isso?! Ele lembra frutas secas adamascadas, com leve toque de trufas brancas, revelando um retrogosto persistente, mas sutil, que enevoa as papilas de lembranças tropicais atávicas...

- Putaqueupariu sô! E o senhor cheirou isso tudo aí no copo?!

- Claro! Sou um enólogo laureado. E o senhor?

- Cêbêsta sô, eu não! Sou isso não senhor!! Mas que isso aqui tá me cheirando iguarzinho à minha egüinha Gertrudes depois da chuva, lá isso tá!

- Ai, que heresia! Valei-me São Mouton Rothschild!

- O senhor me desculpe, mas eu vi o senhor sacudindo o copo e enfiando o narigão lá dentro. O senhor tá gripado, é?

- Não, meu amigo, são técnicas internacionais de degustação entende? Caso queira, posso ser seu mestre na arte enológica. O senhor aprenderá como segurar a garrafa, sacar a rolha, escolher a taça, deitar o vinho e, então...

- E intão moiá o biscoito, né? Tô fora, seu frutinha adamascada!

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- O querido não entendeu. O que eu quero é introduzi-lo no...

- Mais num vai introduzi é nada e nunca! Desafasta, coisa ruim!

- Calma! O senhor precisa conhecer nosso grupo de degustação. Hoje, por exemplo, vamos apreciar uns franceses jovens...

- Hã-hã... Eu sabia que tinha francês nessa história lazarenta...

- O senhor poderia começar com um Beaujolais!

- Num beijo lê, nem beijo lá! Eu sô é home, safardana!

- Então, que tal um mais encorpado?

- Óia lá, ocê tá brincanu com fogo...

- Ou, então, um suave fresco!

- Seu moço, tome tento, que a minha mão já tá coçando de vontade de metê um tapa na sua cara desavergonhada!

- Já sei: iniciemos com um brut, curto e duro. O senhor vai gostar!

- Num vô não, fio de um cão! Mas num vô, memo! Num é questão de tamanho e firmeza, não, seu fióte de brabuleta. Meu negócio é outro, qui inté rima com brabuleta...

- Então, vejamos, que tal um aveludado e escorregadio?

- E que tal a mão no pédovidu, hein, seu fióte de Belzebu?

- Pra que esse nervosismo todo? Já sei, o senhor prefere um duro e macio, acertei?

- Eu é qui vô acertá um tapão nas suas venta, cão sarnento! Engulidô de rôia!

- Mole e redondo, com bouquet forte?

- Agora, ocê pulô o corguim! E é um... e é dois... e é trêis! Num corre, não, fiudaputa! Vorta aqui que eu te arrebento, sua bicha fedorenta!...


Luiz Fernando Veríssimo.

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Essa só mineiro dá conta de ler...

O caboquim cordô cêdo, ispriguíçô, lavô as mão na gamela, limpô uzói, sinxugô, tomô café, pegô a inxada, sivirô pra muié I falô: - Muiééé, tô inoprotrabaio. Quano q'êle saiu da casa, ao invêiz dií prá roça, ele subiu num pé di manga I ficô iscundidim. De repente pareceu um negão, e foi inté upé di mangaI nem si percebeu q'o caboquim tava lá inrriba. Pegô u'a manga...chupô, pegoôta, I mais ôta..., I a muié du caboquim chegô na janela e gritô:- Póvim, ele já foi! I o negão largô as manga I sinfurnô dendacasa du caboquim. O caboquim, danado de ráiva, desceu da árvre, pegô um facão e intrô na casa. Quandele abriu a porta ele viu o negão chupano as teta da muié, intonsi levantô u facão e falô: - Vai morrêêêêê negão!!! E num é cunegão puxô um 38 da cintura, I pontô pro caboquim falano:- Pruquê qui eu vômorrê? E o cabuquim: - Uai cê chupô trêis manga e agora tá mamando leite. Assim vai morrê, pruquê manga cum leite faiz mar,uai!?!?! Ce nun sabia??

terça-feira, 13 de julho de 2010

O Tesouro.

Certa vez um homem procurou um sábio para ajudá-lo a encontrar um tesouro. Esse homem se chamava Omar e desejava ficar rico sem muito esforço. Depois de ouvir Omar, o sábio lhe deu trinta livros e lhe disse que eles lhe dariam o tesouro de Ohlab.

Quando chegou em casa, Omar abriu o primeiro livro e verificou que ele estava escrito em árabe. Como não sabia ler árabe, matriculou-se em uma escola. Assim, leu o primeiro livro. Nesse período ele resolveu trabalhar e conseguiu um emprego em uma loja, com um salário razoável.

Ao acabar de ler o primeiro e os demais livros escritos em árabe, ele aprendeu uma nova letra e acrescentou ao tesouro recebido. Agora ficou Ohlaba. Os livros seguintes eram em hebraico. E ele foi aprender a ler naquela língua. Conseguiu um emprego melhor. Era numa empresa de transporte de alimentos e ele teve um aumento de salário. Sua vida foi melhorando.

Concluindo a leitura dos livros em hebraico, ele colocou mais uma letra no tesouro que lhe dera o sábio. Agora ele tinha Ohlabar. Os últimos dez livros eram em aramaico. E enquanto aprendia a língua desconhecida, ele teve nova chance. Passou a trabalhar na reforma e construção de casas. O tempo passou. Graças ao seu empenho, ele desfrutava de uma boa casa, roupas, dinheiro. E alguns amigos o consideravam rico.

Ao concluir a leitura do último livro, ele acrescentou mais uma letra àquelas anteriores. Agora ele tinha o vocábulo Ohlabart, com um h depois do O. Omar olhou e tornou a olhar a palavra. Se aquele era o segredo do tesouro, ele não estava conseguindo decifrar. Voltou à casa do sábio e lhe disse que ele havia estudado árabe, hebraico e aramaico. Que trabalhara muito depois que o fora ver da primeira vez. Contudo, apesar do estudo e do trabalho, ele não conseguia entender onde estava ou qual era o tesouro. Desolado, mostrou as letras que compunham a palavra Ohlabart.

O velho sábio o colocou frente a um espelho e, tomando da palavra escrita em um papel, a pos sobre o peito de Omar. O que você está vendo? Perguntou o sábio. Admirado, Omar viu a própria imagem refletida no espelho. Estava mudado. Seus músculos haviam enrijecido no trabalho, as mãos estavam calejadas e bem no meio do peito ele pôde ler: Trabalho, que era Ohlabart escrito de trás para frente. Trabalho era o tesouro.

Graças ao trabalho de estudar, ele crescera intelectualmente. Graças ao trabalho nas atividades profissionais a que se entregara, ele adquirira experiência e, bem assim, haveres materiais, que antes buscava de outras formas. Sorriu, agradecido, e retornou para seu lar, para seus afazeres, sua família, seus estudos.

O trabalho é uma das Leis Divinas. E todos têm o dever de trabalhar. Mesmo aqueles que, tendo muitas posses, não necessitem do trabalho para seu sustento, devem utilizar o tesouro do tempo no estudo, e em uma atividade útil para si ou ao seu semelhante.

Não menospreze a oportunidade do trabalho. Graças ao trabalho, o homem progride, cresce e se agiganta. E lembre-se: TODA ATIVIDADE ÚTIL É TRABALHO. Agora, se você quer ter realmente um tesouro inestimável em mãos, arregasse as mangas e mãos a obra...

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Acho que hoje eu dei um fora...

Na fila do supermercado:

Oi Lurdes... Você lembra de mim?

Não... Eu não estou te reconhecendo...

Lembra que eu te vendi aquelas bolsinhas?

Nossa!!! Você lembra o meu nome!!
O nome da minha loja!! E o que me vendeu???

É QUE EU ESTUDEI MUITO!
Fazia quase um vestibular todo mês na faculdade...

(Silêncio...) Hummmm...

I think to myself:
"Sometimes is good to close the mouth".

Tradução:

Eu penso comigo:
"As vezes é bom fechar a boca".

quinta-feira, 8 de julho de 2010

sábado, 3 de julho de 2010

Acabou...


O Brasil perdeu, e agora a vida volta ao normal, e com gente afirmando pela net que na copa tinhamos 1 Dunga, 11 Sonecas, e 190 milhões de Zangados cantando: Eu Vou, Eu Vou Pra Casa Agora Eu Vou...